As crises ecológica, política e sociocultural da Amazônia. Entrevista com David Martínez, bispo de Maldonado, Peru

Por João Vitor Santos

Uma das práticas comuns para pôr florestas abaixo é varrer a área de vegetação com correntes puxadas por máquinas retroescavadeiras. A cena, de tão brutal, reporta a um verdadeiro assassinato. Como se não bastasse, quando essas “correntes da morte” passam, acabam ceifando não só recursos naturais, mas também desestruturam povos nativos. Para o bispo de Puerto Maldonado, no Peru, David Martínez, ter clareza desse cenário é o primeiro desafio para ações de preservação da Amazônia em todo o continente. “Nos últimos séculos, a Amazônia sofreu ‘as febres da extração’, que tiveram como objetivo principal a extração das riquezas sem levar em conta nem os pontos de vista, nem o desenvolvimento da população local”, pontua. Para ele, é urgente encarar que “a problemática amazônica é ecológica, mas também política e sociocultural”.

Vivendo em meio à floresta e seu povo, o religioso tem o desafio da evangelização. Mas se engana quem pensa que esse desafio se resigna a levar a Palavra. Tem relação direta com a luta pela preservação das infindáveis formas de vida. “A Igreja tem uma longa experiência de evangelização, com luzes e sombras, mas que segue sendo um apoio e uma esperança para estes povos tão ameaçados pelo dinamismo depredador da cultura ocidental”, explica. E, por isso, denuncia: “as indústrias extrativistas, a construção de estradas e os projetos para a construção de centrais hidrelétricas na floresta, sem consulta prévia aos povos indígenas, continuam a ser o principal motivo de tensão e de potenciais conflitos”.

Na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line, o bispo ainda analisa os avanços e os desafios para se fazer Igreja conectada com toda essa realidade. “Não podemos permanecer inertes, temos que assumir os grandes desafios que ela nos propõe, escutando o clamor do povo e da terra por vida e dignidade”.

 

David Martínez com os indígenas da Amazônia
peruana | Foto: Arquivo pessoal

 

David Martínez De Aguirre Guinea ingressou na Ordem Dominicana em 1993 e foi ordenado padre em 1999. Nascido em 1970 na cidade de Vitoria Gasteiz, na Espanha, possui licenciatura em Teologia Bíblica pela Universidade de Deusto, Bilbao, Espanha. Já exerceu as funções de conselheiro Vicariato Regional, pastor de diversas paróquias e diretor do centro cultural. Em julho de 2014, o papa Francisco o nomeou como Bispo Coadjutor do Vicariato Apostólico de Puerto Maldonado, na região da Amazônia peruana.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Como compreender a Amazônia enquanto complexa unidade de vida nas mais diferentes formas? Quais são os maiores desafios para a sua preservação?

David Martínez – A Amazônia é uma região complexa. Não apenas por sua megadiversidade, mas também pelas populações que aí habitam há séculos. A Amazônia é um território visto como uma infinita despensa de riquezas naturais, mas para as populações locais o território tem uma relação intrínseca com sua cosmovisão e seus modos de vida. Sua preservação passa por políticas estatais que conciliem o desenvolvimento com o respeito à natureza e com os povos indígenas. Mas passa também pelo compromisso de sua própria gente. É um grande desafio que compete a todos e todas.

IHU On-Line – Qual foi a recepção e o impacto da Laudato Si’ [1] na Igreja peruana e nos demais países da América Latina? De que forma o documento apostólico pode contribuir para preservação de diversidade em locais como a Amazônia?

David Martínez – A recepção da Laudato Si’ na Igreja católica da América Latinae do Peru teve importantes diferenças, de acordo com os setores. O Conselho Episcopal Latino-americano – Celam [2], através do Departamento de Justiça e Solidariedade – Dejusol, criou uma área encarregada do tema que está promovendo reuniões e oficinas para que se conheça e valorize suas implicações para o cuidado do planeta e de toda a vida que abriga. Isso é muito importante pela capacidade que o Dejusol tem de incidir nas equipes nacionais de pastoral social e no Secretariado Latino-Americano e do Caribe da Cáritas – Selacc, o que vem acontecendo.

Também foi criada uma rede específica de animação e fortalecimento pastoral na Amazônia, que é a Rede Eclesial Pan-Amazônica – Repam, para fortalecer os esforços para o cuidado da nossa casa comum, dos povos que a habitam e para fazer um trabalho interconectado que permita uma presença solidária da Igreja. E a Repam está animando a formação de outras redes para o cuidado de outras regiões de grande vulnerabilidade, como o Aquífero Guarani [3]. Paralelamente à Repam estão sendo formadas também outras redes eclesiais similares, como a Rede para a Defesa do Rio Congo, na África.

Outra rede muito importante é o Movimento Católico Global pelo Clima, que vem fazendo um grande trabalho de divulgação e incidência em nível mundial e do qual é possível participar tanto em nível individual como coletivo. Este movimento vem fazendo campanhas sobre a Laudato Si’ com uma boa acolhida, inclusive fora da Igreja católica, incidindo com outras comunidades de fé.

Peru

No Peru aconteceram, em nível da Conferência Episcopal, duas assembleias nas quais se estudou o documento e se começou a trabalhar as linhas pastorais. Trabalhou-se no texto procurando extrair linhas pastorais para cada região. Eu diria que a maioria tomou consciência e, inclusive, obtivemos da Comissão Episcopal de Ação Social – CEAS e do Centro Amazônico de Antropologia e Aplicação Prática – CAAAPrecursos para a realização de oficinas – em nível regional e nacional –, para as quais foram convocados representantes de 39 jurisdições eclesiásticas.

Celebramos os aniversários da Laudato Si’ e realizamos Jornadas Mundiais de Oração pelo Cuidado da Criação, em 1º de setembro. Fizemos uma versão popular e múltiplos materiais para aprofundar os temas e desafios da Laudato Si’. No nosso vicariato, a Laudato Si’ vem sendo trabalhada nas paróquias e nos centros educacionais a partir dasOficinas de Educação Católica – ODECs. Tivemos uma reunião específica de agentes de pastoral do vicariato para tomar consciência do nosso ser amazônico e da necessidade de continuar a viver os valores contidos na encíclica.

IHU On-Line – Passados dois anos da publicação da Laudato Si’, como avalia a recepção do documento? Que avanços foram possíveis desde a publicação e que desafios permanecem?

David Martínez – Penso que já assinalei os avanços na pergunta anterior, mas ainda nos resta um longo caminho a percorrer. A Laudato Si’ nos convida a tomar dolorosa consciência da irresponsável atitude que, como seres humanos, desenvolvemos em relação à nossa casa comum e das múltiplas formas como depredamos seus muitos bens com a falsa compreensão de que eles são ilimitados.

Resta-nos continuar a insistir que devemos mudar de visão e paradigma, que é hora de uma mudança de mentalidade se realmente queremos minorar os danos provocados ao meio ambiente e não seguir neste despenhadeiro. Aprofundar a consciência de que tudo está interligado e que, se danificamos uma parte da vida, danificamos o conjunto. Devemos retomar as três relações básicas – com Deus, com os irmãos e com o planeta – e saná-las, pois estão muito danificadas.

Outro aspecto chave é tomar consciência de que há verdadeiros direitos do ambiente que devemos respeitar e retomar o princípio misericórdia com a nossa casa comum.

IHU On-Line – Por que é importante que a Igreja entre na luta pela preservação da Amazônia? E de que forma essa missão é atualizada a partir da Laudato Si’?

David Martínez – A Amazônia é a maior reserva de água doce do planeta, mas, se não cuidarmos dela, toda a vida estará em perigo e não apenas a dos seres humanos. Outra razão fundamental é que a Amazônia é a casa de muitos povos indígenas que conseguiram conviver com seu habitat, desenvolvendo uma bela relação de cuidado e interlocução, criando um infindável número de culturas que têm muito a nos ensinar para tornar a vida boa.

A Igreja tem uma longa experiência de evangelização, com luzes e sombras, mas que segue sendo um apoio e uma esperança para estes povos tão ameaçados pelo dinamismo depredador da cultura ocidental. É neste nível que acreditamos que a Laudato Si’ tem muito a nos ensinar, pois se colocou do lado da vida frágil e nos pede que o nosso lado não deixe um rastro de destruição e morte. Acreditamos que a Laudato Si’ é o tipo de documento profético que nos propõe a disjuntiva antes e depois de; não podemos permanecer inertes, temos que assumir os grandes desafios que ela nos propõe, escutando o clamor do povo e da terra por vida e dignidade. O caminho é longo, mas já estamos nele, e isso nos dá muita esperança.

IHU On-Line – Gostaria que o senhor falasse um pouco sobre a Repam, o trabalho que está sendo realizado e como ela articula as várias questões com os diversos países em torno da causa da preservação da Amazônia.

David Martínez – A Repam é uma rede jovem e regional (que busca unir os países da Pan-Amazônia), que tem como objetivo “amazonizar o mundo”; sob essa consigna, seus membros foram se organizando em vários eixos (direitos humanos, alternativas para o desenvolvimento, comunicação, entre outros). Há uma necessidade de reunir diferentes atores das jurisdições eclesiásticas. Trata-se de articular o trabalho dentro dos próprios vicariatos e para fora, com seus pares da Amazônia, para divulgar a realidade das comunidades, mas levando em conta que hoje se percebe um interesse especial pelo que acontece nesta parte do mundo.

IHU On-Line – Qual é a situação dos povos indígenas da Amazônia hoje? Quais são as regiões mais conturbadas e por quê? Quais são as principais tensões?

David Martínez – Nos últimos séculos, a Amazônia sofreu “as febres da extração”, que tiveram como objetivo principal a extração das riquezas sem levar em conta nem os pontos de vista, nem o desenvolvimento da população local. A problemática amazônica é ecológica, mas também política e sociocultural.

A situação dos povos indígenas da Amazônia é de exclusão social e de discriminação em relação ao resto da população no Peru. As indústrias extrativistas, a construção de estradas e os projetos para a construção de centrais hidrelétricas na floresta, sem consulta prévia aos povos indígenas, continuam a ser o principal motivo de tensão e de potenciais conflitos. Até mesmo as áreas protegidas para a conservação são estabelecidas sem um devido processo de consulta ou com muita desinformação, e acabam se tornando territórios expropriados aos povos originários amazônicos. Assim, esses povos são privados do uso tradicional e negados a eles os benefícios que a própria conservação da floresta gera.

IHU On-Line – De que forma os povos indígenas e sua relação com o planeta, sua cosmovisão, podem inspirar o “ser cristão”? Como se dá na prática essa relação dos missionários com os povos originais da Amazônia?

David Martínez – No Documento de Aparecida [4], os bispos latino-americanos já reconhecem o valor do sentido comunitário indígena em meio a um sistema globalizante, marcado pelo individualismo, pelo consumo e pela ambição desmedida. Menciona expressamente sua vida comunitária como uma de suas características (DA n. 56). Mais adiante assinala que este sentido comunitário não se reduz à convivência humana, mas transcende uma convivência com toda a Criação, a partir de uma espiritualidade religioso-cósmica: “Deles valorizamos seu profundo apreço comunitário pela vida, presente em toda a criação, na existência cotidiana e na milenária experiência religiosa, que dinamiza suas culturas” (DA n. 529). Nestes valores comunitários, a Igreja descobre as “sementes do Verbo”.

Na minha experiência como missionário e depois como bispo na Amazônia peruana, eu pude ver que os povos indígenas não são ambiciosos. Eles têm um profundo senso de liberdade e não se deixam prender por nada nem por ninguém, nem mesmo pelos bens de consumo. É por isso que, em geral, podemos dizer que eles não são ambiciosos. Eles consomem o que necessitam. Eles não são depredadores, como é a cultura ocidental, que necessita depredar e arrasar para satisfazer suas necessidades. Por isso, dizemos que os povos indígenas não são pobres, são ricos, porque quando deixamos que eles vivam com seus costumes, têm quase tudo de que necessitam.

IHU On-Line – Em janeiro do ano que vem, o papa Francisco visitará a região. Qual é o significado dessa visita? Quais são suas expectativas?

David Martínez – A visita do Papa, no próximo ano, mostra o grande interesse que ele tem pela Amazônia e para se encontrar com os povos indígenas. O papa Franciscoé sensível à problemática dos povos indígenas. Ele já manifestou isso na encíclica Laudato Si’ e nas visitas ao México e à Bolívia. Acredito que a visita do Santo Padre é um espaço de esperança para todos.

É uma oportunidade para nos deixar interpelar pelo Evangelho e um incentivo para fazer da nossa terra um lugar de acolhida fraterna para o Papa e para todos os irmãos que queiram contribuir com algo positivo para esta sociedade. Será também uma sacudida para nos constituirmos com coragem como testemunhas da Vida diante das situações de morte que nos assolam.

Departamento de Madre de Dios [5] é um cenário para o qual converge a difícil situação que o papa Francisco denuncia na Laudato Si’, quando fala que estamos vivendo uma dupla crise – social e ecológica – e que elas não devem ser separadas. Aqui se apalpa à flor da pele que a crise ecológica deita suas raízes em uma profunda crise social e que não se trata de duas crises separadas, mas de uma única e complexa crise socioambiental. Neste sentido, a visita do Papa é esperança e oportunidade para fazer ouvir o grito dos pobres, dos excluídos e da terra.

IHU On-Line – Como avalia o pontificado de Francisco? Quais são os avanços e os limites do pontificado nos assuntos relacionados à preservação do meio ambiente e ao trabalho missionário?

David Martínez – Eu me sinto muito identificado com o pontificado do papa Francisco. Acredito que nele podemos encontrar um ícone daqueles grandes santos reformadores da Igreja: Francisco de Assis [6], Domingos de Gusmão [7] e Inácio de Loyola [8]. A exortação apostólica Evangelii Gaudium [9] é um texto programático que é muito bem complementado com o Ano Jubilar da Misericórdia [10] e sua bula anterior, a Misericordiae vultus [11], e a carta apostólica posterior, a Misericordia et misera [12]. Nestes textos percebo uma profunda preocupação do Papa para recuperar na Igreja a vivacidade evangélica das primeiras comunidades cristãs e para voltar ao mais essencial do seguimento de Jesus, libertando a Igreja de todas as ataduras que durante séculos fomos criando.

O papa Francisco quer uma Igreja comprometida com os problemas mais cruciais para a humanidade, como o diálogo intercultural e inter-religioso e a mudança de paradigma na busca de outro que torne sustentável a vida do planeta. Os gestos do Papa, seus encontros com líderes religiosos e a Laudato Si’ são expressões do diálogo cósmico que está promovendo não apenas entre os humanos, mas também com a Criação.

IHU On-Line – Que informações o senhor tem sobre o Sínodo para os povos da Amazônia, proposto pelo papa Francisco? Quais são os temas centrais que devem estar presentes neste Sínodo?

David Martínez – Um sínodo pan-amazônico é uma importante iniciativa para a Igreja amazônica. O Papa manifestou a possibilidade de que seja realizado, mas até onde sei, ainda está em fase de estudo. Certamente seria muito positivo. A Amazônia é uma unidade geográfica, biológica, cultural e de outras índoles. É uma coisa positiva que a Igreja capte esta unidade distintiva e queira dar-lhe um tratamento específico e organizado.

IHU On-Line – O senhor está atuando na Amazônia peruana como bispo desde 2015. Como foi seu primeiro contato com a realidade da região?

David Martínez – Em 1997, eu tive a sorte de fazer uma viagem de pouco mais de dois meses ao Vicariato Apostólico de Puerto Maldonado, quando ainda era estudante de Teologia. Essa viagem me marcou sobretudo pelos encontros com algumas comunidades Harankbut, do Departamento de Madre de Dios, e Matsiguenga, do Urubamba. Eu retornei para a Espanha, fiz os votos como dominicano, terminei os meus estudos e vim definitivamente com a ideia de entregar a minha vida aos povos indígenas amazônicos. Até 2015, morei na Missão de Kiringueti, na Amazônia do Departamento de Cusco, entre os povos Matsiguenga, Ashianinka e Caquinte. Depois vim para Puerto Maldonado, sede do vicariato, porque, em 2014, o papa Francisco me fez bispo desta região.

Estes anos da minha vida com os povos indígenas representaram para mim um processo muito bonito de diálogo. Eles me obrigaram a olhar a partir de outro ponto de vista e a descobrir que o mundo deve ser visto de outra maneira. Estou contente de olhar o mundo a partir da perspectiva das comunidades nativas, embora ainda me falte muito por aprender e conhecer. O maravilhoso do encontro com estes povos é que sempre se está descobrindo coisas novas, maravilhosas e surpreendentes.

Notas:

[1] Laudato Si’ (português: Louvado sejas; subtítulo: “Sobre o Cuidado da Casa Comum”): encíclica do Papa Francisco, na qual critica o consumismo e desenvolvimento irresponsável e faz um apelo à mudança e à unificação global das ações para combater a degradação ambiental e as alterações climáticas. Publicada oficialmente em 18 de junho de 2015, mediante grande interesse das comunidades religiosas, ambientais e científicas internacionais, dos líderes empresariais e dos meios de comunicação social, o documento é a segunda encíclica publicada por Francisco. A primeira foi Lumen fidei em 2013. No entanto, Lumen fidei é na sua maioria um trabalho de Bento XVI. Por isso Laudato Sí’ é vista como a primeira encíclica inteiramente da responsabilidade de Francisco. A revista IHU On-Line publicou uma edição em que analisa e debate a Encíclica. Confira aqui. (Nota da IHU On-Line)

 

[2] Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam): trata-se de um organismo da Igreja Católica fundado em 1955 pelo Papa Pio XII a pedido dos bispos da América Latina e do Caribe, cuja sede está localizada na cidade de Santa Fé de Bogotá, na Colômbia. A entidade presta serviços de contato, comunhão, formação, pesquisa e reflexão às 22 conferências episcopais que se situam desde o México até o Cabo de Hornos, incluindo o Caribe e as Antilhas. Seus dirigentes são eleitos a cada quatro anos por uma assembleia ordinária que reúne os presidentes das conferências episcopais da América Latina e do Caribe. (Nota da IHU On-Line)

 

[3] Aquífero Guarani: uma das mais importantes reservas hídricas do planeta, sua manutenção está relacionada à capacidade de recarga, que ocorre em território brasileiro, no estado do Mato Grosso do Sul. Sobre o aquífero guarani, confira a entrevista especial realizada pelo site do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, Águas do Aquífero Guarani: um recurso nobre, com Ricardo Hirata, em 2-8-2006. (Nota da IHU On-Line)

 

[4] Documento de Aparecida: a V conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe aconteceu de 13 a 31-5-2007, em Aparecida, São Paulo. As conclusões da reunião compõem o Documento Conclusivo da V Conferência. Sobre o tema, a IHU On-Line produziu uma revista especial em 20-6-2007, edição 224, intitulada Os rumos da Igreja a partir de Aparecida. Uma análise do documento final da V Conferência. (Nota da IHU On-Line)

 

[5] Madre de Dios: é um dos 24 departamentos (seria um estado, analogicamente comparando com o Brasil) que, juntamente com a Província Constitucional do Callao, formam a República do Peru. Sua capital e maior cidade é Puerto Maldonado. (Nota daIHU On-Line)

 

[6] São Francisco de Assis (1181-1226): frade católico, fundador da “Ordem dos Frades Menores”, mais conhecidos como Franciscanos. Foi canonizado em 1228 pela Igreja Católica. Por seu apreço à natureza, é mundialmente conhecido como o santo patrono dos animais e do meio ambiente. Sobre Francisco de Assis confira a edição 238 da IHU On-Line, de 1-10-2007, intitulada Francisco. O santo, e a entrevista com a medievalista italiana Chiara Frugoni, intitulada Uma outra face de São Francisco de Assis, na revista IHU On-Line número 469, de 3-8-2015. (Nota da IHU On-Line)

 

[7] São Domingos de Gusmão (1170-1221): foi um frade e santo católico fundador da Ordem dos Pregadores, cujos membros são conhecidos como dominicanos. (Nota daIHU On-Line)

 

[8] Inácio de Loyola (1491-1556): fundador da Companhia de Jesus, a Ordem dos Jesuítas, cuja missão é o serviço da fé, a promoção da justiça, o diálogo inter-religioso e cultural. A Ordem teve grande importância na Reforma Católica. Atualmente a Companhia de Jesus é a maior Ordem religiosa católica no mundo. Para saber mais sobre Loyola, acesse a edição 186 da IHU On-Line. Foi canonizado em 12 de março de 1622 pelo Papa Gregório XV. Festeja-se seu dia em 31 de julho. (Nota da IHU On-Line)

 

[9] Evangelii Gaudium: Alegria do Evangelho (em português), é a primeira Exortação Apostólica pós-Sinodal escrita pelo papa Francisco. Foi publicada no encerramento do Ano da Fé, no dia 24 de novembro do ano de 2013. Como a maioria das exortações apostólicas, foi escrita após uma reunião do Sínodo dos Bispos, neste caso, a XIII Assembleia Geral Ordinária sobre A Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã. O tema principal é o anúncio missionário do Evangelho e sua relação com a alegria cristã, mas fala também sobre a paz, a homilética, a justiça social, a família, o respeito pela criação (ecologia), o ecumenismo e o diálogo inter-religioso, e o papel das mulheres na Igreja. Ainda critica o consumo da sociedade capitalista, e insiste que os principais destinatários da mensagem cristã são os pobres. (Nota da IHU On-Line)

 

[10] Julbileu da Misericórdia (Ano Jubilar): anunciado pelo papa Francisco em 13 de março de 2015, o “jubileu extraordinário” é centrado na “misericórdia de Deus”. Terá início a 8 de dezembro deste ano e percorrerá todo o ano de 2016. O Ano Jubilar é uma comemoração religiosa da Igreja Católica, celebrada dentro de um Ano Santo, mas o que difere deste é que a celebração jubilar é feita de 25 em 25 anos. A celebração cristã se fundamenta na Bíblia, tanto no Antigo Testamento, de onde temos a tradição judaica, como no Novo Testamento. (Nota da IHU On-Line)

 

[11] Misericordiae Vultus: bula pontífica, documento expedido pela Santa Sé e que institui o Jubileu Extraordinário da Misericórdia. (Nota da IHU On-Line)

 

[12] Misericordia et misera: é uma carta apostólica do papa Francisco publicada em Roma no dia 21 de novembro de 2016, em seu quarto ano de seu pontificado, o encerramento do Jubileu extraordinário da Misericórdia. O título do documento é tirado de uma frase usada por Santo Agostinho para comentar sobre o encontro entre Jesus e a adúltera. (Nota da IHU On-Line)

 

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Fonte: www.ihu.unisinos.br